Horta da Mila

29 novembro 2006

Horizonte

Se de Repente

Se de repente
Subitamente
A qualquer instante
A qualquer momento
De repente e não mais que de repente
A gente
Ressuscitar

Se tudo o que aconteceu
Foi
Pantonima
Truque
Magia
Função de circo?

Se das cinzas
Se dos restos incendiados
Desta nave
Renascer
Aquela ave
Que antigamente renascia?

Se a gente parar de fazer perguntas
E procurar respostas?
Se as palavras
Pularem dos livros e das petições
Deixando todas as páginas
Em branco?

Se as folhas de papel
Retornarem
Às árvores originais?

Se as árvores originas
Voltarem
Aos elementos que foram antes?

Se o próprio antes retornar
Voltar
Ao que tinha sido ainda antes?

(Luis Germano Graal )

27 novembro 2006

O fim?

O meio

25 novembro 2006

O principio



Peguei no lápis e no papel para que me dissessem o que se passa .
Mas não se passa nada, é isso NADA.
Nada acontece…
Nem as palavras querem sair
Nada faz sentido, quero escrever, dizer, desabafar e não consigo.
Este lápis não presta, não diz o que quero.


22 novembro 2006

Relíquia


Eram lindas, majestosas
e muito precisas,
outrora,
tempos idos...
O sol secou-lhes as madeiras a água apodreceu-as.
Onde estão as Fragatas do Tejo?

18 novembro 2006

Fim de Semana


Todos sabemos como é bom .

Ver a chuva lá fora
Sentados no sofá,
sem nada para fazer,ou melhor dizendo,
sem nada querer fazer.

17 novembro 2006

Coincidencia



Curiosamente ontem andei por estes lados do Barreiro e comentei que a grande quantidade de cascas de ostra na praia talvez fosse devido á circulação dos catamarãs. Qual não é o meu espanto quando no correio da manha de hoje me deparo com a notícia de outro problema devido á circulação dos barcos, mas este" está" em vias de resolução. Tenho também de fazer uma reclamação.

Algodão doce

16 novembro 2006

Afinal ainda há ostras


Existem e em grande
quantidade aqui para os lados
da praia de Alburrica no Barreiro

Entardecer



Sol explosivo,

escondido.

Deslumbrante

próximo do cintilante

é o entardecer.

13 novembro 2006

Realidade


Onde estou?
Onde fui?
O que eu era?
O que sou?
Onde estou?
Ontem tinha muitas dúvidas, hoje não sei.

...


Entrei no café
com um rio na algibeira
e pu-lo no chão,
a vê-lo correr
da imaginação...
A seguir, tirei do bolso do colete
nuvens e estrelas
e estendi um tapete
de flores a concebê-las.
Depois, encostado à mesa,
tirei da boca um pássaro a cantar
e enfeitei com ele a Natureza
das árvores em torno
a cheirarem ao luar
que eu imagino.
E agora aqui estou a ouvir
A melodia sem contorno
Deste acaso de existir
-onde só procuro a Beleza
para me iludir
dum destino.
(José Gomes Ferreira)

10 novembro 2006

Praia

em véspera de S. Martinho.
Tempo quente, água norma ...
Vai um mergulho?

08 novembro 2006

LUZ

Aqueles

que iluminam

a vida

dos outros

trazem a luz

em si.

(James M. Barrie)

Foto do céu de Arrábida hoje ás 16.30 horas

06 novembro 2006

Sinal de vida

Mais uma procura...
No meio de tanto monte e vale tudo em tons de verde e ainda mais verde , eis que aparece uma luz , cor quente e redondinha, madura e pronta a ser apreciada.É um medronho.
Esta imagem mente, pois leva a pensar que este era o único fruto maduro que existia por aqui. Pois não é assim, este arbusto/árvore é que não está contente com a vida, todas as outra estão carregadinhas e quase nem se vê o verde de tão vermelhos e laranjas estão os seus doces frutos.

01 novembro 2006

Vestígios

Depois de muito caminhar por uma estrada larga de terra batida, cerca de hora e meia, aqui está a prova de que Portugal é mesmo um país Mediterrâneo, a Arrábida está aí para o provar.Nos matos surge o rosmaninho, o trovisco-macho, a madressilva, o alecrim, diversas espécies de estevas e as árvores pertencentes ao género quercus, tais como os sobreiros, a azinheira, o carvalho… Tudo espécies que aqui se pode observar.
Quando se chega ao fim da estrada de terra batida, chegou o fim do percurso livre possível na Arrábida. Se sem lá entrar já se fica deslumbrado com a paisagem, imagine -se no meio da vegetação, quase impenetrável, devido à abundância de lianas e trepadeiras.

Serra da Arrábida, aldeia de Casais da Serra foi onde começou o dia de hoje, no sopé da serra e sem máquina fotográfica mas... carreguei umas coisitas nos bolsos.

Procurando o lugar


















Desde a mancha amarelada no canto inferior esquerdo,
sempre pelo traço mais claro e até ao fim da imagem.